quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Astronautas

E dae Godot,

Qual é a piada do dia?
Contratei etiquetadores/envelopadores e dei um mundo para eles criarem.
Mas qual a graça?
Eles ficam etiquetando e envelopando o que eles mesmo inventam. Eles passam a vida inteira catalogando como se o acervo já estivesse lá, enquanto eles criam mais e mais material para ser catalogado.
Ainda não entendi qual é a graça.
Eles ficam presos dentro do que eles criam, se catalogando. Eles guardam a si mesmos em estantes e reclamam do lugar que eles estão.

Voce tem um humor doentio Godot

Eu sei.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

1984

O grande irmão passou no Mercadorama!
Agora além de:

Guerra é paz
Liberdade é escravidão
Ignorancia é força

temos:

Quanto mais voce gasta mais voce economiza.

*clap clap clap*

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Quimera

Tendo sido engolido a muito tempo, emergiu do ruido branco por algums minutos e respirou. Lembrou que tinha ar lá fora. Posso pedir uma coisa?

Voce pode me vomitar um pouquinho? Rapidinho, depois voce me engole de volta.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Corra atrás ou só Corra

(Ou razões que justificam a inexistencia do True Neutral do D&D na vida real)

Todo mundo fez o seu melhor. Se voce ganha a guerra é por que voce é forte. Se voce perde é por que o inimigo era mais numeroso, mais esperto, mais preparado. Mas o inimigo nunca será mais honrado que voce. Se voce mata era por que era matar ou morrer. Se voce morre, voce é um martir. Todo relacionamento tem o corredor e o perseguidor. Um corre a frente, dita o ritmo. O outro corre atrás, sempre tentando alcançar. Se um para - o outro ultrapassa e toma a coroa. Se por um acaso voce tem dois corredores? Suas opiniões são divergentes. Não era pra rolar. Se junto dois perseguidores o relacionamento é tedioso. Mas cada um fez o seu melhor. O ideal é não pensar nisso. Só curtir. Mesmo que voce se sinta humilhado por pedidos descabidos e situações incômodas. Não! Basta. Lidere então e fique pensando isso realmente é bom ? Estamos no caminho certo? Por que a outra pessoa não fala nada? Não gostei. Então vamos esperar. Sentados pra sempre. Só passe pela porta quando tiver pronto. O que voce quer além disso? Todo relacionamento é baseado em mentira. Falando de daqui a cinco minutos. A previsão do tempo nunca acerta. A incapacidade total de comunicação. Torpor. Tentativas e mais tentativas. Quem vai querer ficar por cima hoje? Não devemos falar nisso? Diferentes sentidos para diferentes cabeças. Diferentes palavras. Diferentes papéis. Como eu sei que quando meu dedo dói eu sinto o que voce se sente quando o seu dedo dói? Eu grito de dor. Voce acredita que sim. E se for mentira? A dor é simples. Seu humor? Suas ideias! Ninguem vai te punir por isso. O importante é acreditar. Sentir.Verdade? Muralhas de areia. Conhecimento vulgar.
Por que ninguem é responsável?

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Yin Yang

Agora, pegue tudo o que você conhece e acha importante. Começando por dinheiro. Você não vai levar consigo depois que morrer. Isso todo mundo sabe. O que vale é o aqui e agora. Pense nos problemas da cidade. Caos, trânsito, violência. Imagine dedicar a vida para realmente e sinceramente solucionar isso tudo. E digamos que você consiga. E aí? Você provavelmente fez a vida de algumas centenas de milhares de pessoas mais agradável. Você deveria se sentir feliz com isso, mas eu digo que você não deveria. Não significa absolutamente nada. Esquecendo momentaneamente o fato de que tal ato possui motivações inteiramente egoístas, você, em uma escala de tempo algumas ordens de magnitude maior, não fez absolutamente nada. Outro exemplo: ciência. Algumas descobertas realmente e literalmente transformaram o mundo. Sei lá, como a eletricidade. Então você aperta o botão e passa o tempo mais rápido e pàra alguns anos depois. Não muito. Talvez, meio milhão de anos. Onde está a eletricidade? Não muito longe. E a Terra? Aqui, ainda, girando. E o sol? Explodindo, como sempre. E nós? Não importa. No fim, para nós, sempre há um final. E o deprimente é que não há fim. Pra nada. O nada é o fim. É isso o que eu chamo de viver. A luta interna constante entre maravilhar-se por estar vivo e o sentimento sufocante de que tudo o que você fez e viveu deixará nada além de uma minúscula marca.



(pausa)



Agora, é engraçado né! Como as coisas são! Ontem você leva um pé na bunda, hoje você ganha na loteria. O importante é manter aquela postura, entende? Se você não quiser, nada vai dar certo mesmo. E eu ligo se me xingam na rua? Que nada. Dou um abraço, um aperto de mão e pergunto sobre a família. Quer coisa melhor? Sim, perdôo sim, porque é uma filosofia muito boa e que adotei desde não sei quando. Bem jovem, criança. É muito bom mesmo e poupa várias preocupações desnecessárias. Porque no futuro eu quero sim ter filhos e quero educá-los bem. Vou dar tudo o que não me foi dado, ensinar o que me foi útil e proteger do que me feriu. Não é assim que sempre funcionou? E funciona. E vai dar tudo certo, tenho certeza. Me planejo para isso. Foi durante a faculdade. Coloquei na cabeça que agora é a hora e que vou fazer o meu melhor. E é até legal, sabe, isso o que eu estou estudando. Não levava muita fé, mas consigo ver a utilidade. É que a gente pensa que é só porque paga bem, mas não é não. Me divirto até! Depois tem o pessoal do trabalho, que é ótimo também. Foi lá que a gente se conheceu. E bateu tudo. Gostos, objetivos. Vamos viajar mês que vem, para a Europa. Londres, Paris, Roma, Barcelona e Praga. Sonho dela e agora meu também! É, não posso reclamar. Está tudo indo tão bem!

sábado, 10 de julho de 2010

Shyamalan Blitz

Mesmo sabendo que era inutil ele tentou continuar o dialogo, Não eu não estou dando em cima de voce! A resposta foi estranha. A menina era simpática, sabia que ela usava as mesmas roupas que ele, um bom gosto subliminar, era como uma tatuagem que brilha no escuro. Ele parou um pouco pra pensar no padrão. Se é que existe o padrão. Talvez estivesse se enganando. Denovo. Ela respondeu, que bom. Gostei de você, não queria ter que me afastar, por que voce sabe né, eu sou casada. Calafrio estranho, coça o rosto. Continua.Disse : então agora tá tudo claro, a gente pode continuar a conversa né? Ela disse que sim, o assunto antes era o novo filme do Tarantino o que finalmente ganharia o Oscar. Ela muda o assunto. Ela começa então a falar sobre as férias e o cunhado dela. Lembrou então de sua namorada que tinha lhe dito um dia antes que gostava dos filmes de M Night Shyamalan. Ele tinha então retrucado então que esperar a virada, a grande guinada no enredo era irritante quando era uma certeza. Sexto Sentido foi demais, não esperávamos nada. Os outros seis filmes seguintes tiveram o mesmo artificio na mesmo momento. Uma guinada cruel e covarde. Inexperado. Uma surpresa. Que bosta. Assitir filmes dele , ele tinha concluido, era como esperar uma festa surpresa que não era surpresa, sem comida e sem diversão. Ele disse até que as guinadas ocorriam no mesmo momento, no penultimo parágrafo do script. O psicologo está morto, a Vila não se passa no passado, O personagem principal é um super Herói. E o ultimo? A namorada dele lembrou. A moça então piscou denovo na tela. Oi? Oi. E aí voce acha que o Tarantino vai ganhar? Ele então responde que não, argumenta que os filmes toscos dele sempre iriam impedir ele ganhar algo, se a academia der um oscar para ele estaria dizendo que um Drink no inferno é aceitavel. E um Drink no inferno NÃO é aceitavel. Mas o filme é muito bom ela continuou. Outra ressonancia estranha, lembro denovo de sua namorada dizendo. A mesma frase o mesmo tom. Sobre “The happening.” O Que? Esse filme NÃO tem a virada! Mas não é a virada que voce odeia? Ela retrucou. Uma mecha caiu sobre o olho esquerdo. A noite. O painel vermelho aceso, 45 Km por hora. Tenho que dar um jeito nisso. Então ele conclui. The happening simplesmente apagou o ultimo paragrafo. Na virada nada acontece. NADA. Nada se explica. As plantas! Estão se vingando! Eu odeio filmes de catástrofe, voce sabe né? Sei sim. Mais uma mensagem na tela. Estou tão cansada. Sentiu eletricidade percorrendo sua coluna. Ela vai ceder. Abriu um sorriso. E ficou esperando. Era covardia ele sabia. Quando voce conhece tudo sobre uma pessoa é facil criar uma persona que é exatamente o que ele mais deseja. Covardia. Mais uma vez o carro, 45 km por hora. O Shyamalan. Ela disse que ele não tinha imaginação, e que se ele se colocasse no lugar do personagem, mesmo, ia ver que a catarse daqueles personagems era algo a se apreciar. Não era sobre a guinada, era sobre o que aqueles personagems aprendiam quando a virada acontecia. Isso ficou ecoando na cabeça dele. E voltava de tempos em tempos. A tela pisca denovo. Ela diz que quer relaxar. Ele então pergunta se ele conhece o Café que fica do lado do shopping. Covardia. Ele sabia que era o favorito dela. Ela topa. Agora eram complices. Aquela excitação juvenil estava tomando conta dele e dela pelo que ele sabia. Um silencio constrangedor. Ele esperou. Ela digitou e apagou. Digitou e apagou. Ele pede então o celular dela. Ela responde. Ele complementa, pra gente não se desencontrar. É né. Para deixar ela ainda mais nervosa ele diz que tem que sair. Que vai arrumar algumas coisas e que eles voltariam a falar no café. Ele vai até a sala e ve sua namorada usando o notebook. Vou sair ele diz. Ela responde ok. Que horas voce volta? Vou passar em casa, talvez meu irmão queria que eu fique por lá, tudo bem? Tudo bem. Ela vai até a casa de seu amigo. Ele mora no edificio Presidente, fica a duas quadras do shopping e do café. Seu amigo surpreso atende a porta. Ele explica pra o amigo que vai precisar do apê. Só algumas horas ele complementa. Ok, mas não te devo mais nada, certo? Certo. O Apê está arrumado. Perfeito. Quando chega a hora do encontro ela chega ao café. Talvez tenha dado algumas voltas enquanto esperava. Ele então liga. Oi. Ela responde nervosa. Voce tá vindo? Então, tá passando um especial agora sobre o Tarantino, quer ver? Ela diz que sim. Eu moro aqui do lado do café. Voce pode subir. Vou deixar o porteiro avisado. Mas não! ela responde. O celular desliga. Ela liga de volta ninguem atende. Ela pensa que é perigoso. Ela para. Resolve então ir ao apartamento dele, mas para dizer que ela prefere ficar no café. Ela entra no prédio. Ela começa a se sentir culpada. Pensa no namorado. Ela se irrita. Ela pega o elevador. A excitação aumenta. Cada centrimetro que o elevador sobe ela se sente mais e mais culpada. Estava traindo seu namorado. Ela iria até o final. O que seria tão perigoso, sair? Tomar o café? Ver um documentário? Um beijo roubado? Sexo ? Frequentar aquele mesmo apartamento por meses e meses? Pensar em trocar de namorado? Aceitar? Negar? Ir embora? O elevador continua subindo. A porta abre. Ela não decide. Continua andando. Chega até a porta do apartamento. Porta entreaberta. Ele então grita do banheiro. É voce? Pode entrar! Ela entra ve o sofá. Ela senta. Ele grita denovo, só um pouco já estou indo. Ele não faz nada. Fica esperando. Ele quer ter certeza que ela se rendeu. Ela se tortura. Ela senta. Ela espera.


Ele sai finalmente do banheiro. O que voce está fazendo aqui! Ela grita. A namorada furiosa: Voce tá me espionando! Ei eu ia dizer pra ele que a gente tinha que ficar no café! Voce sabe né? Diga alguma coisa. Cade ele? Voce fez alguma coisa com ele?! O que tá acontecendo?


Nada querida. Eu não estou bravo. Não existe Ele. Era eu o tempo todo. Por que voce fez isso! Voce ! Ela grita. Ele segura ela. Ela enfia as unhas nas costas dele. Ele segura. Ela então explode em lagrimas. Ele enxuga. Ela então para. Com os olhos vermelhos. Ela o encara . Voce sabe que eu te amo né? Eu tambem te amo ele responde. Então o sexo. Roupas atiradas no chão com pressa. Ela pula, ele aceita. Sexo agressivo. Está doendo. Ele aguenta. Ela para. Deita. Fica imovel. Dez minutos. Beijo suave. Por que voce fez tudo isso?

O Shyamalan. Voce ainda gosta dele?

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Univer$o Pe$$oal

(...)
Apesar disso tudo, ainda nos resta esperança. Não vemos todos os dias a ciência (e a física quântica em particular) desvendando cada vez mais os mistérios do universo? Forças, energias, singularidades. Tudo está interligado e tudo influencia tudo. Você influencia o espaço-tempo ao seu redor. Então, faça isso conscientemente.
O universo não existe do jeito que você o experimenta. São duas coisas separadas. Só podemos perceber uma parte do dele. Quando olhamos para cima, para o alto e para as estrelas, não estamos percebendo o que realmente está lá. Estamos olhando para nós mesmos.
O cérebro humano é um prodígio da evolução. Somos capazes de raciocinar e utilizar ferramentas como a lógica para potencializarmos nossa percepção do universo. Mas, até que ponto isso é possível? É extraordinário o fato de que exista algo no universo complexo o suficiente a ponto de tentar analizar a si mesmo. Isto levanta questões importantes e, talvez, uma confirmação de que tudo no mundo e no universo é mais do que "físico". É algo que os cientistas chamam de "recursividade". É quando algo que pensa (o cérebro), pensa em algo que pensa (ele mesmo), assim, recursivamente, até o infinito. Ora, sabemos que infinitos não existem. E, sendo recursivo, o cérebro necessita de algo fora de si mesmo para conseguir escapar deste ciclo. Este algo é conhecido há milênios. Nós o sentimos. Não somos somente um ser autônomo baseado em carbono. Há, necessáriamente, algo que nos arrebata do infinito e nos traz para este plano. E é este algo que denominamos de espírito.

Geremias Aurélio de Souza
Engenheiro de alimentos. Formado em neurolinguística pelo instituto Gnosis em São Paulo SP.
Workshop de programação reacional antropomórfica. www.institutoamorproprio.com.br

(trecho do livro "O universo pessoal")
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quinta-feira, 20 de maio de 2010

PC Siqueirisson!

Uma amiga mina me mostrou esses dias o canal MASPOXAVIDA. O video log é um monólogo apresentado pelo PC Siqueira. Que reclama sobre a vida. Se voce sabe do que eu to falando continue lendo. Se não youtube e assista ums dois videos dele.

Voce gostou? Eu gostei!

Eu fiquei pensando em como funciona o MasPoxaVida e um monte de coisas me passou na cabeça e eu vou listar elas aqui.

1- Reclamar! Eu adoro reclamar! Todo mundo gosta né? As reclamações do cara são hilárias.

2-A descontinuidade. A maioria dos episódios tem 3 mudanças absurdamente bruscas de assunto. A mudança é tão brusca e os segundos em que ficamos inutilmente tentando estabalecer uma relação entre o primeiro e segundo é suficiente para nos manter super atentos.

3- Os cortes. Das diversas formas de humor exemplificadas pelo mais brilhante episodio de garfield que eu nunca achei no youtube: Temos o humor pastelão, o humor improvavel e o humor da repetição. O humor pastelão é Tom e Jerry. O humor de repetição é : "OMG! THey killed Kenny! you Bastards!" que a globo tanto adora. O humor repentino voce tambem sabe qual é. Acho que pela edição dos videos a conversa com o PC é mais dinamica que uma conversa normal, muito bem!

4-O apresentador normal, Eu sinceramente odeio qualquer apresentador de TV ou coisa parecida. No entanto o PC me parece ser um cara normal, ele é um cara tsco como eu que tem saudade do Sonic e de guardachuvinhas de chocolate. Ele não é cool. Ele é uncool. Ele é um nerd vesgo. Ao invés de indentificar-se com o que deveriamos ser Jovems felizes e transados. Batemos papo com o nerdão, que podia ser seu primo ou seu vizinho, ou seu brother.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Viajante do tempo

-Então eu pensei, tenho como provar se é possível e se algum dia vai ser possível.
-Ah é, como assim?
-Tipo, se um dia eu puder, volto no tempo até exatamente o dia de hoje, nesse mesmo dia e horário, mais precisamente daqui a 5 minutos e venho dar oi pra gente.
-Então, em 5 minutos, nós teremos a resposta 100% positiva ou 100% negativa a respeito de uma determinada conjectura.
-É, enquanto a gente bebe cerveja.
-Tá

(puf)

-Oi
-Ai meu Deus!
-Pára com isso, você virou ateu em 2014.
-Como assim? Não acredito.
-Não precisa acreditar, você mesmo vai morrer logo.
-Peraí!
-Tá, não quero perder tempo. Lembrei desse dia e voltei aqui pra dar oi. Viu, é possível. Oi e tchau.
-Espera! Quero te pergun...(puf)

...
...
...

(puf)

-Na verdade, pensei melhor. O que você quer saber?
-Calma...
-Como assim eu vou morrer?
-É, desculpa ser rude, mas é a verdade. E eu não ligo. Você é um amigo traíra filho da puta.
-Hã?
-É, vai comer nossa noiva.
-Como assim?
-Não liga pra ele. Eu voltei aqui pra te avisar sobre outra coisa...
-Meu deus... vou morrer!
-Você vai comer a Fernanda cara? Que isso!
-Não, a Fernanda é uma vadia. É outra, o amor da tua vida, a Cláudia.
-Ahh...
-Me falaram pra não falar nada do futuro, mas foda-se. Queria dizer que nossa vida foi e vai ser bem boa. Apesar desse filho da puta, você foi/vai ser bem casado e fazer praticamente tudo o que sempre quis.
- Isso é bom!
-Não pra mim!
-É. Mas eu queria dizer pra você esquecer isso. Amor, dinheiro, caridade. Você fez tudo certo. Eu sempre segui as regras. Mas somos e sempre seremos extremamente infelizes.
-Impossível!
-Não é. Não sei dizer por quê, mas é isso. Então, faz assim. Saindo daqui, fala com aquela tua amiga que morou na Holanda e aprende tudo com ela.
-Verônica?
-Até onde eu sei, ela tá internada...
-Cala a boca, filho da puta.
-Então tira ela de lá. A vaca ainda vai virar CEO.
-Certo, e depois?
-Usa tudo o que ela te oferecer. Come todas as amigas dela. Aliás, come quem aparecer.
-Você acha que isso é solução?
-Não sei, mas vou continuar voltando a cada ano pra saber se você tá aproveitando a vida.
-Eu não quero isso. Sou uma pessoa de bem...
-(urrrrgggggggggggg)
-Viu?
-Caralho! Ele morreu! Pensando bem, bem feito.
-Eu te falei. Então, você vai aproveitar a vida de qualquer jeito, senão eu te suicido.
-Vira essa arma pra lá!!
-Tô falando sério. Daqui a um ano eu volto.
-Tá bom. Ruim não deve ser. Mas vira isso pra lá.
-Hehehe!
-Filho da puta. Onde você quer chegar?
-Quero que você volte e conte como foi tua vida. Se valeu ou vai valer a pena se encher de pó, bebidas e mulheres.
-E como vamos saber?
-Daqui a 1 minuto você volta e diz...

...
...
...

-Nada ainda?
-É...
-Então é porque deu certo. Parabéns!
-Hã?
-Tchau (puf)

segunda-feira, 10 de maio de 2010

o terceiro dia

Blog e moscas são coisas que normalmente combinam. Eu já vi inumeros blogs em que todos os posts começavam com "Desculpa aí a demora pra postar" ou "Ressuscitando o blog , a partir de agora vou postar pra caramba" E bem nada acontece, eu não sei o que é tão dificil, afinal as pessoas adoram saber da vida alheia. E qualquer coisa que voce escreva sempre demonstra seu estado de espírito e tal. Tem também o lance do numero de linhas. tipo aposto que se o texto acabasse aqui









as pessoas leriam até o final. Isso me lembra o Saramago e o twitter lá. Eu gostei do twitter por um tempo, tipo nossa posso mandar uma mensagem pro Mauricio de Souza, ou pro Requião... uau! Mas no final voce acaba se sentindo um stalker, tipo seguindo silenciosamente, pronto para atacar. Eu acho isso mto Jesus sabe? twitter.com/JC 12 seguidores. E aquelas promoções bizarras são nada mais que uma versão 2.0 do email da menina com cancer que ganha 10 centavos a cada fwd.Mande essa mensagem para todos os seus amigos dizendo que a loja x é legal e ganhe um pirulito. Que coisa. Eu noto uma tendencia miserável de subverter qualquer coisa nesse mundo. Sério. Imagine os nerds que inventaram o email. Uau! pessoas vão se comunicar de graça! Adeus correios! Tenta usar email pra valer. Ninguem lê, voce manda o texto pra pessoa e ela lê, mas nem te responde com um valeu cara. Mas se eu tivesse mandando no orkut a mensagem, a pessoa responderia na hora - Será que as outras pessoas vão ficar olhando torto tipo, putz a Aninha jaguara não respondeu o Sílvio. Putz que merda. E é a mesma coisa com o twitter. Poxa trending topics é um recurso mto legal! Imagine saber o que as pessoas do Brasil mais comentam - ao vivo! Uau! Aí o que acontence - Trending topics vira um trending topic. É tipo a noticia da noticia. Pós modernismo minha gente! Tão pós modernista quanto um post de ressurreição de um blog falando sobre...

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Belisque-se!

Usei de um clássico artificio para diminuir um pouquinho a oxigenação do meu cérebro para que pudesse alcançar o estado verborágico atual.
E já que estou quero dizer : Voce deve se beliscar diariamente! Por que? Um reality check.
Só pra saber se o que voce está vendo tem algo de real.Por que ? Bem acabo de me beliscar e que merda, sabe aqueles flashfowards ?
O Tarantino usa isso pra caramba. é muito legal ver causa e efeito num tempo de espaço curto.
Mas cara, voce não quer ver isso com voce.O flashfoward sempre acaba com um rewind. Voce sempre volta ao passado.
Um mero vislumbre de um futuro possivel. Então por favor. Belisque-se.


Isso.



Ok, agora voltamos a estaca zero. Suas intenções são boas, honestas e verdadeiras mas não deu certo.Alguem otimista veria isso como uma segunda chance! Recupere o tempo perdido.
Não consigo mais engulir isso. Então digo. Não me leve a mal senhor suicida. Mas sua poesia é horrivel, e ela não vai melhorar depois da sua recuperação. Meu Deus! Ele está falando em sucidas denovo!
É isso mesmo. O grande diretor continua brincando de wallace-vision comigo. Me dando diversas impressões de um mesmo tema.
E sim, como voces podem imaginar algum OUTRO suicida apareceu - espero que 3 seja o suficiente.

De qualquer forma beliscado e rebobinado aqui estou. Repito a pergunta que fiz hoje enquanto saboreava 3 tiras de carne malpassada com um molho que começa como caldo knorr e termina delicioso;


Cade as pessoas legais desse mundo?!

quarta-feira, 10 de março de 2010

Funcionario de multinacional anuncia parada total

Curitiba 10 de março de 2008 15:23 AM - Os supervisores encaram estupefatos a surpreendende queda na produção de seus funcionarios. Segundo o Gerente de TI Adonis B. todas as precauções foram tomadas mas o estranho fenomeno sempre ocorre. Munidos apenas de copos e canecas os funcionarios abandonam seus postos para retornar tempo depois."A gente tem direito por lei" Se defende o funcionario Maikel , 25 anos. Segundo Maikel a prática não deve ser encarada como uma afronta e sim com naturalidade. Entrevistamos também uma especialista Maria das Dores, Psicóloga 35 anos." As pessoas precisam parar. Esta na natureza humana. O que devemos fazer é prover meios de controlar e amenizar qualquer dano material que possa ser causado".

O Sindicato não quis se pronunciar sobre o assunto.

Ed Motta

- uuuuhhhh

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Porque somos melhores que os idiotas.

Vou explicar uma idéia que tive a respeito de um comportmento humano que, pra mim, é um tanto estranho. Já parei pra pensar diversas vezes a respeito do motivo que leva as pessoas a contar uma piada. Obviamente, a piada serve pra provocar o riso. Li em alguns livros que o riso pode ser uma forma de alertar o bando de chipanzés na florestinha que o predador foi embora e que está tudo bem. Não sei. O que me ocorreu foi que isso pode ser muito bem um belo começo pra este fenômeno, mas é um tanto simplista demais. No decorrer das centenas de milhares de anos da evolução humana deve ter havido uma certa tendência a se concretizar a risada como uma ferramenta mais útil do que um simples sinal de alerta. Tanto que nós, atualmente, temos por hábito estimular outros de nossa espécie a gargalhar sem nenhum motivo útil aparente. Somente por que é engraçado e faz sentir bem. Desconfio que não seja esse realmente o caso. Na natureza, quase nada tem motivo nenhum pra acontecer. Se não tem motivo, é porque não o compreendemos. No caso da piada, por ser um fenomeno cultural onipresente, há uma certa desconfiança da minha parte de que há um componente genético. Eis a explicação: seleção sexual. Eu falo algo enigmático e você tenta entender. Se você possui um cérebro bom, com capacidades cognitivas tão boas quanto às minhas, vai entender o que eu disse. Logo, há um contrato: eu me interesso por você porque você me entendeu e você se interessa por mim porque eu fui inteligente o suficiente pra desafiar por alguns instantes a suas capacidades. E como selar este contrato? Rindo. Ao chegarmos a um acordo referente a nossas aptidões intelectuais, mostramos nossos dentes para demonstrar também nossa saúde. É tipo o rabo do pavão. A seleção natural favorece este comportamento, pois somos recompensados nestas ocasiões com uma quantia justa de serotonina. É claro que, como tudo que é humano, o fenômeno já foi extrapolado e virou ritual. Centenas de pessoas se juntam para assistir a um comediante. Durante um tempo estipulado, elas demonstram (sem saber) que não só entendem as associações que foram feitas por ele, como também se esforçam ao máximo pra demonstrar isso. E quando por acaso não entendem, riem do mesmo jeito. No fim, saem duplamente satisfeitas. Por um lado ganharam suas recompensas e ao mesmo tempo se tornaram mais atraentes pras pessoas que estavam juntas a elas. Agora fica a pergunta: por que rimos quando alguém faz algo idiota? O raciocínio é o mesmo e as conclusões são um tanto reveladoras. Entendeu? Então sorria.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Wallace me visitou

É muito engraçado como a gente se apega a certos escritores. Eu gostava muito de Huxley, depois conheci o Vonnegut - paixão louca desenfreada, Eu ia casar com VOnnegut mas me deram Pynchon na despedida de solteiro. Traí o Vonnegut com um homem sem rosto. No entanto Pynchon não gostou de mim como eu gostei dele. Foi só uma paixão rapida. O leilão. Estava de fossa com dois exemplares do Arco-íris da gravidade na mão quando vi o DFW - David Foster Wallace . Lindo profundo e doloridíssimo. Do jeito que eu queria. Wallace então foi embora do mundo dos vivos. O que me causou o sentimento estranho, algo que dizia que talvez eu não devesse então me identificar tanto com ele. Que comungar com ele talvez fosse uma experiencia profunda demais. Eu fiquei obcecado pela ideia de suicídio. Não que eu me imaginasse morto. Isso não me passa pela cabeça. Mas criei uma espécie de curiosidade mórbida que foi alimentada por um certo prof Japonês desesperado. Aprendi até a fazer o nó da forca. E sim essa é a maneira mais fácil e indolor.
De toda a minha experiencia com Wallace eu passei por dois momentos difíceis. O Good old Neon e a PD. Os dois contos me deixam muito assustado e curioso. Aqui que voce já deve estar meio chateado por que estava esperando que eu contasse que teria visto um fantasma, eu vi , então por favor continue a leitura. Eu ficava deprimido e via naqueles personagems um futuro possivel. Mas Dave Wallace me visitou. Ele mandou a PD me dar um oi. E eu vivi por algum tempo ( e talvez mais tempo) o que é desespero. Não é nada como eu imaginei. Eu vi que por mais triste que eu me imaginasse no futuro eu nunca seria a PD. Eu sou só um homem comum. E como Wallace eu vou fatalmente escolher igual. A fuga. Não consigo atualmente lidar com isso tudo. Felizmente nesse caso. A PD não está dentro da minha cabeça. A PD tem numero de telefone e mora em algum lugar. Eu morro de medo de descobrir daqui a algums meses que a PD acabou como o Wallace. E se acontecer eu vou descobrir. Ter conhecido a PD pelo Wallace me deixou perturbado. Conhecer a PD pessoalmente, destruiu inumeras concepções que eu tinha sobre mim mesmo. A minha curiosidade virou medo. E os dois textos do Wallace ganharam um peso que eu jamais imaginei que atribuiria a qualquer texto que eu já li.

Eu gostaria de fechar o livro agora.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Post 100!

Post numero 100 do Wekid Weekly. Quero agradecer especialmente ao Frango. Colaborador Assíduo (ou não) do Blog. E ao Renan nosso precioso Leitor. MUITO OBRIGADO.

E como descobrimos que o grande mal do século é a idealização e a expectativa, vou postar um proto-texto especialmente fraco só pra marcar a ocasião.

Olá, aqui não é o Bentinho. Na verdade só uma parte de mim morreu. Uma parte que eu até que gostava, mas agora: Sem essa perna extra, eu posso ser sincero e parar de passar a perna nos outros.

Mas é! É
Ele me dava canelada!
Ele me chutava!
Ele me passou a perna!
Ele nem passou por aqui.

Eu só queria dançar, PORRA! Sabe? Como nos musicais ?

Bem, fique com a perna. Faça bom proveito. Eu tenho mais 7 ainda mesmo.


Sem mais encerro. Obrigado pelo seu tempo.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010