Existe uma grande segregação em nosso país. As pessoas que comem a coxinha começando pela pontinha, e outros pela parte mais rombuda, carinhosamente, a bundinha da coxinha. Mas aqueles que a comem pela bunda não gostam de brincadeiras, afinal eles sentem um pouco de vergonha, de abusar do salgado dessa forma. A tribuna, tablóide brasileiro, então decide, para acabar com o tabu, publicar uma charge de um dos membros do grupo que come a coxinha desta forma controversa. Simplesmente para quebrar o gelo. Mas as coisas não saem bem. Em verdade a tradição de comer a coxinha pela parte rombuda, não é uma tradição brasileira, e sim uruguaia. Semanas depois da publicação, os comedores de coxinha pela bunda, fazem uma manifestação em frente a sede do jornal, pedem um pedido de desculpas. Sem entender como se desculpar, como completar a frase, desculpe por... O Jornal se nega, apela a liberdade de expressão. A noticia se espalha, e os comedores mais extremistas de coxinha, exigem a prisão do cartunista que fez tamanha afronta a essa tradição cultural tão linda que é o consumo de coxinhas pela parte mais volumosa. O governo brasileiro, recebe a carta, mas esquece de ler. Uma semana depois, uma manifestação violenta queima mais de 200 coxinhas brasileiras em praça publica. E as coxinhas, grande produto de exportação do Brasil , são boicotadas. Em mais uma semana, duas pessoas são presas portando armas que usaria para “Eliminar esse infiel dos salgadinhos”. Mais violência em manifestações anti-coxinha pela ponta, e surgem as primeira mortes. O cartunista finalmente se rende e pede desculpas. Os fanáticos não se importam. E inicia a primeira guerra sul-americana.
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