terça-feira, 25 de novembro de 2008

Zetsubou Shitta!

I gotta hear those delightful screams
I'd travel in a sea of fantasies
Destined to love what can't be
Legends can overwhelm romance

Look back!
I see the perfect beauty
I see a change someone dropped
A God throws away
A Dog picks it up
That's the extreme circulation society!

Accept the rope calmly,
take the poison, the knifes are too messy

I gotta hear those delightful screams



(Homage to Zessei Bijin)

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Fé Mané

Vai osso ! Que estais pinel!
Sei que lotado seja o seu cofre
Nem que vaca tussa feio
Sei que afeto gera saudade
assim , não berra, é tudo ao léu
o quão nosso, é cada dia? quem dirá hoje!
renovai a nossas amendas
assim como remendamos a quem nós temos prometido.
Não nos deixei agir por coação
mas não atirai-nos no sal
Amem!

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Os besouros do Grande Irmão

George Orwell, em sua obra "1984", cria uma distopia que relata um futuro próximo dominado por um governo opressor e ditatorial. No entanto, o sistema não é perfeito, ainda existe a possibilidade de uma rebelião ocorrer. Em resposta, o governo tenta criar o que seria o controle absoluto. Um controle linguístico. Com isso, cria-se a Novilíngua. Esta língua criada, baseia-se na língua então vigente, com uma diferença, esta nova língua excluirá diversas palavras consideradas perigosas como "liberdade". Na Novilingua, é impossível dizer, por exemplo, o governo é ruim, porque esta palavra (ruim) não existe. No máximo pode-se usar um "imbom", mas sem outras palavras uma pessoa não conseguirá descrever porque o governo é "imbom". O objetivo de tal ação baseia-se na teoria que, ao banir essas palavras do vocabulário, os sentimentos e atitudes que estas inspiram seriam banidas conjuntamente. Nesta visão, as experiências de uma pessoa são delimitadas pelo seu domínio de linguagem. De acordo com essa visão, declara Wittgenstein, na proposição 5.6 de seu Tratado Lógico Filosófico, "Os limites da minha linguagem são os limites do meu mundo". Seria o mundo então definido apenas pelas maneiras que temos para descrevê-lo? Eis o relativismo lingüístico. Tomando essa idéia, seria impossível traduzir conceitos entre línguas, no entanto, milhões de livros são traduzidos anualmente. Nas “Investigações filosóficas”, Wittgenstein exemplifica sua nova visão quanto ao relativismo lingüístico. O famoso caso dos besouros. Wittgenstein sugere que imaginemos um grupo de pessoas segurando caixas. Estas afirmam que dentro de suas caixas existem besouros. No entanto, não é possível enxergar dentro da caixa das outras pessoas. A afirmação de que dentro da caixa há algo que reconheço como besouro é suficiente para a comunicação, não importando que dentro da caixa exista uma espécie muito rara de besouro ou uma pedra. Se considerarmos que cada caixa representa a cabeça de um indivíduo, o mesmo relativismo lingüístico, antes enunciado na fronteira entre línguas, agora é exemplificado na fronteira entre quaisquer pessoas tentando se comunicar em qualquer língua. Estabelecido assim, que o relativismo estará sempre presente, cabe aos tradutores , focar na compreensão da diferença entre os espaços semânticos contemplados pela palavra em seu idioma original e negociar, como define Eco, o novo espaço que a tradução cobrirá. Valendo ainda da concepção de tradução discutida por Eco, em “Quase a mesma coisa”, a tradução não deve negociar somente com o texto, mas também com o mundo criado pelo autor. Busca-se, então, uma fidelidade neste espaço e não uma exatidão. E essa mesma fidelidade,entre original e a tradução, que pode sim, ser alcançada em algum grau, é em si a prova que o relativismo lingüístico radical não afeta nossa língua como descrito. (Um exemplo seria o da palavra saudade, que seria um sentimento único dos falantes de português – e romeno – que equivale a um " miss someone or something you hold dear" que expressam quase a mesma coisa, com menos ou mais palavras). E se nosso mundo fosse realmente delimitado pelo nosso vocabulário, o que seriam dos poetas, que se esforçam ao máximo para passar para o papel seu sentimento mais único? Ao estabelecer esta nova forma de encarar o relativismo, Wittgenstein transforma o que antes era um argumento contrário a tradução, em um novo enfoque que enriquece de certa forma toda a empresa tradutória.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

MIndjog #2

Mas se fecho meus olhos a confusão vira ordem e adentro mais uma vez.Não entendi na primeira ,disso me lembro e com certeza não entendi na segunda. É muito estranho, não sinto como se tivesse realmente algo que os outros não tem. Eu só sinto, o que ninguem nota:

Necessidade

A luz baixa me impediu de entender qual era o ambiente de uma vez só, haviam azulejos na paredes, todos num tom bege de mau gosto, não havia porta.Vejo um homem pequeno sentado no canto daquele comodo, é um banheiro. Como fede este banheiro. Existe uma pequena entrada acima da patente, é por ali que a luz entra. Noto um buraco pequeno na base de uma das paredes, é muito pequeno, imagino que cartas saiam dali. O Homenzinho respira alto, o ar parece pesado para ele. Nas paredes do banheiro diversos retratos, oito mulheres, 4 crianças. Uma luz sob a portinhola, que até agora estava desapercebida acende. A luz é vermelha. O Homenzinho vagarosamente se aproxima da fenda e coloca seu braço inteiro, até o ombro. Para tal tem de deitar no chão, o chão gelado arrepia os pelos do seu corpo. E uma dor lancinante toma seu rosto, mas ele não grita. Aguenta firme. Minutos se passam e ele não se move. Sinto um impulso forte de ajudá-lo, mas a curiosidade me mantem como observador que sou no topo do banheiro apenas contemplando. Ele finalmente não aguenta mais, grita : Chega! Chega!Uma voz aguda responde. Não ainda não. Ele com toda sua força puxa seu braço de volta, mas este braço não lhe é devolvido. Puxa mais uma vez, lagrimas lhe vêm aos olhos. Por favor, chega! Com alívio ele recebe seu braço de volta, no seu pulso diversas marcas de dentes, estavam sugando o seu sangue. De volta a sua paz o homenzinho aliviado voltava a seu canto.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Mindjog #1

Meus sentidos são conflitantes, escuto um grito vermelho, sinto em minha pele facilmente um acorde de violão, mas continuo vendo esse mesmo mundo cinza e sem graça. Mas se fecho meus olhos a confusão vira ordem e adentro mais uma vez.

O quadrado rosa.

Não me recordo da primeira vez que viajei, mas as regras são simples. Não toque, Não altere nada. O campo desta vez não é muito amplo, o mundo é um quarto. Paredes rosa claro, num canto uma pilha de bonecos de pelúcia, a esquerda uma penteadeira. Sobre esta, em forma, como um pelotão, uma tropa de frascos coloridos, porta jóias , batons e outros embelezadores. No centro uma menina loira de cabelos longos caídos sobre a face. Ela espera. Sentada com as pernas cruzadas, ela espera. Raramente se move, e quando o faz é para encarar um porta retrato fixado na parede. Nele um homem de meia idade carrega um bebe nos braços. Sob o quadro a inscrição. Nunca casarei. E ainda a menina espera.
Na condição de espectador, desejei que o filme passasse mais depressa, mas não, não sou o diretor deste filme. A Menina ainda espera. E tomado pelo susto compartilhado, a porta abre. São atirado dois ursinhos pra dentro e uma barra de chocolates. A garota levanta calmamente, pega um dos ursos. Abraça forte. Pega um tesoura, na gaveta da penteadeira e com dificuldade começa a cortar o braço direito do urso,silenciosamente. Olho, desta vez com mais atenção para a pilha de bichos de pelúcia. Todos tiveram seu braços, igualmente cortados, sempre o braço direto.
Antes que tivesse me dado conta havia quebrado a regra. Por quê – Eu lhe perguntei. Antes de ser expulso.

sábado, 1 de novembro de 2008

Macaco Mandou

O Macaco mandou levantar e olhar a janela
Então assim o fiz
O Macaco mandou brincar com a bolinha
Então assim o fiz
O Macaco mandou olhar a paisagem cinza lá fora
Então assim o fiz
O Macaco mandou escutar música
Então assim o fiz
O Macaco desenvolveu algo novo
Também preciso disso

Medo de não ter amigos ou manipulação?

Quem está manipulando quem?

O Macaco gostou do desafio!