Mas se fecho meus olhos a confusão vira ordem e adentro mais uma vez.Não entendi na primeira ,disso me lembro e com certeza não entendi na segunda. É muito estranho, não sinto como se tivesse realmente algo que os outros não tem. Eu só sinto, o que ninguem nota:
Necessidade
A luz baixa me impediu de entender qual era o ambiente de uma vez só, haviam azulejos na paredes, todos num tom bege de mau gosto, não havia porta.Vejo um homem pequeno sentado no canto daquele comodo, é um banheiro. Como fede este banheiro. Existe uma pequena entrada acima da patente, é por ali que a luz entra. Noto um buraco pequeno na base de uma das paredes, é muito pequeno, imagino que cartas saiam dali. O Homenzinho respira alto, o ar parece pesado para ele. Nas paredes do banheiro diversos retratos, oito mulheres, 4 crianças. Uma luz sob a portinhola, que até agora estava desapercebida acende. A luz é vermelha. O Homenzinho vagarosamente se aproxima da fenda e coloca seu braço inteiro, até o ombro. Para tal tem de deitar no chão, o chão gelado arrepia os pelos do seu corpo. E uma dor lancinante toma seu rosto, mas ele não grita. Aguenta firme. Minutos se passam e ele não se move. Sinto um impulso forte de ajudá-lo, mas a curiosidade me mantem como observador que sou no topo do banheiro apenas contemplando. Ele finalmente não aguenta mais, grita : Chega! Chega!Uma voz aguda responde. Não ainda não. Ele com toda sua força puxa seu braço de volta, mas este braço não lhe é devolvido. Puxa mais uma vez, lagrimas lhe vêm aos olhos. Por favor, chega! Com alívio ele recebe seu braço de volta, no seu pulso diversas marcas de dentes, estavam sugando o seu sangue. De volta a sua paz o homenzinho aliviado voltava a seu canto.
Europa Clipper
Há 2 dias
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