segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Miss you butterflies

Se fosse mais simples seria impossivel, olhar direto, imaculado por duvida ou conotação:

- Sinto falta das borboletas.

Que borboletas seriam estas? O que ela queria dizer? Pálida, fria abraçou o marido, gordo e velho a quem dedicava seu corpo. O dia não tinha sol, naquela cidade era crime se ele desse as caras. De fato, fora “as borboletas” não teria como me lembrar deste dia. Dia este esbranquiçado,puído, engolido e deglutido repetidamente até que o tempo a morte ou um carro, nem caro nem barato, prove que o ferro, é mais determinado que você.

Se vivo um dia posso relembrar eternamente, não é Mersault? A questão é qual dia foi vivido? Continuo com borboletas em minha mente, o farfalhar inaudível de suas asas, o zumbido inexistente. Vá pro inferno Borboleta! É obvio que, alguem com uma existencia tão vigorosa quanto um pedaço de papel higienico, assim como eu, teria seu destino definido por uma borboleta. Era inevitável.Rendo me então. Inicio a busca, bares, shoppings, balada, lugares caros. Nada.

O zumbido e o farfalhar me guiam, posso até sentir o cheiro, o gosto da borboleta. Estou certo que encontro, mas se a encontro o que buscaria então. Decido então esquece-lá. Sem borboletas pra voce mocinho.

Volte a seu papel.