quinta-feira, 9 de outubro de 2008

o vazio e a maçã

Longas tardes sentado sobre a grama até ficar cansado de "não pensar em nada" e apenas ir dormir e ter pequenos vislumbres de sonhos como um aonde subo uma montanha russa até seu topo e de lá o carro despenca numa descida e eu sempre acordo assustado, e acordo reclamando, todo petulante: "Não vou descer de novo!" (pra fazer esse trabalho do mundo, maldito Sisifo). Sinto-me como se fosse um vazio convocado para aproveitar o êxtase do fim. De qualquer modo, era um draminha comovente em mais um dia no planeta Terra. Mas então um dia de repente, sob aquela arvore à noite, tive uma idéia supreendente: "Tudo é o vazio mas tudo está desperto! As coisas são o vazio no espaço e no tempo e na mente". Tudo já se foi, bem como no dia que eu segurava uma maça em minha mão e refletia como o cientista descobriu a gravidade com ela. Minha mente refletiu; como assim vazio? não estou segurando a maça em minha mão? Então vi que na verdade minha mente formava a maça quando a enxergava, ouve, toca, cheira, experimenta e pensa a respeito dela; mas na verdade a maça precisa de nossa mente pra existir! Será que ninguem consegue enxergar isso? Por si só ela não existe, só pode ser vista a partir da mente. Em outras palavras, é o vazio, mas está deperta. Como dizem os pensadores vagabundos:
" Na vida só existem quatro inevitabilidades: 1) Livros obrigatórios para se ler; 2. Natureza desinteressante; 3. Existência tediosa; 4. Nirvana Vazio.
Eca, praticamente uma meleca."


Colaboração de Corvo Huxley